O tempo passou tão rápido, já é setembro
Passou tão rápido, que não me lembro
Se comi macarrão, ou se foi coentro
Só me lembro do mendigo fedorento
Que me pede dinheiro a todo momento
Ó meu pai eu não aguento, tanta miséria, eu não sustento
Tanta gente dormindo ao relento
Sem ter pra onde ir, sem lenço nem documento.
Ó meu pai eu só te peço
Mais um momento
Não sei se escrevo esse poema
Ou se me perturba esse tormento.